Header Ads

Willams Oliveira Divulgações

Notícias de Última Hora

Após atos terroristas em Brasília, Lula se reúne com governadores no Palácio do Planalto

 

Vice-presidente, procurador-geral da República e presidentes do STF, do Senado e da Câmara também participaram. Nos discursos, governadores reafirmaram compromisso com democracia e anunciaram envio de policiais ao DF.


Lula e governadores fazem reunião pela defesa da democracia. — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu presencialmente nesta segunda-feira (9) com governadores, vice-governadores e representantes das 27 unidades federativas do país. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto, que foi alvo de depredação por bolsonaristas radicais no domingo (8).  As informações são do G1 .

Durante a reunião, alguns governadores representando as cinco regiões do país discursaram em solidariedade aos chefes dos três poderes e reafirmaram o compromisso com a democracia (veja mais abaixo).

Até apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se colocaram à disposição para ajudar na pacificação do país.

Lula destacou a simbologia da reunião e agradeceu o compromisso dos aliados e não aliados na busca pelo fortalecimento da democracia do país.

"Nesse país, é possível tudo [...] A única coisa que não

 é possível é alguém querer acabar com a nossa

 incipiente democracia", afirmou Lula.

O presidente também fez críticas contra os terroristas responsáveis pela destruição dos prédios públicos da capital federal.

"Essa gente não tem pauta de negociação. A única negociação que essa gente poderia ter e que se entrou com recurso tentando negar o resultado do processo eleitoral, tentando mostrar que havia tido falha na urna."

Além dos governadores, também participaram:

  • o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin
  • a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber
  • os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso
  • o presidente do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rêgo
  • o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
  • o procurador-geral da República, Augusto Aras
  • o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT)
  • o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT)
  • o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB)
  • o líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (Rede)
  • e o presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, Edvaldo Nogueira (PDT), prefeito de Aracaju

Veja outros destaques do encontro:

Compromisso com a democracia


Na abertura da reunião, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), fez um discurso em que afirmou o compromisso dos estados com a democracia e informou que as polícias militares das unidades federativas já iniciaram a desmobilização dos acampamentos golpistas.

"Entendemos a importância de não apenas emitirmos um manifesto, mas estarmos aqui presencialmente para reafirmar o compromisso dos 27 estados da federação com a democracia e nos colocar ao lado dos poderes constituídos deste país, neste momento sensível que a nação vive", disse.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, também destacou em sua fala o compromisso com a democracia e afirmou o regime é o único possível.

"Temos que apenas, neste momento, não só hipotecar a nossa solidariedade aos poderes constituídos, mas também declarar o nosso amor à democracia, única opção de regime político que temos. O único regime político do Brasil e que está na Constituição, mais nenhum", disse Aras.

Reconstrução do STF


Em seguida, a presidente do STF agradeceu a iniciativa dos governadores e disse que a destruição do plenário da Corte a "entristeceu de maneira enorme".

"Nosso prédio histórico, seu interior, foi praticamente

 destruído. Em especial, o nosso plenário. Essa

 simbologia a mim entristeceu de maneira enorme,

 mas quero assegurar que vamos reconstruir",

 afirmou Rosa Weber.

Governadora do DF em exerício


A governadora em exercício do Distrito Federal – palco dos ataques terroristas, Celina Leão (PP) disse que Ibaneis Rocha (MDB) recebeu informações "equivocadas" por "infelicidade" no "momento da crise".

Ele foi afastado do cargo por 90 dias por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes.

"Primeiro, reafirmar que o governador eleito Ibaneis é um democrata, é um homem que exerceu a presidência da OAB, sabe o que significa os ataques aos poderes da República. Preciso trazer esse posicionamento do nosso governador que foi interinamente afastado que, por infelicidade, recebeu várias informações equivocadas no momento da crise", disse ela durante discurso, que representou os governadores da região Centro-Oeste.


Aliado de Bolsonaro


Ex-ministro e aliado de Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também discursou.

Representando os governadores da região Sudeste, Tarcísio disse que estava "muito feliz" por participar da reunião e afirmou que a "pacificação demanda gestos do Legislativo, Executivo, Judiciário, e dos estados".

"Estou muito feliz de estar participando dessa reunião e enaltecer a capacidade de diálogo. Peço a Deus que nos proporcione sabedoria para que a gente construa a pacificação. Lembrando que a pacificação demanda gestos, gestos de todos, do Legislativo, Executivo, Judiciário, estados".

Intervenção federal


O presidente da Câmara, Arthur Lira, reforçou que as instituições não vão parar e destacou que os deputados federais participarão de uma sessão extraordinária ainda na noite desta segunda (9), para aprovar a intervenção federal na segurança do DF .

"Votaremos simbolicamente, por unanimidade, para

 mostrar que a casa do povo está unida em defesa de

 medidas duras contra esse pequeno grupo radical",

 disse.

A intervenção já está em vigor, mas precisa do aval da Câmara e do Senado para continuar valendo. A medida foi decretada por Lula no domingo (8), depois das invasões e depredações às sedes dos três poderes.

Governadores na reunião com Lula


Como foi destacado na fala de Helder Barbalho, governadores e vice-governadores das 27 unidades federativas foram presencialmente para o encontro.

  1. Antônio Denarium (PL), governador de Roraima

  2. Carlos Brandão (PSB), governador do Maranhão

  3. Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná (voo atrasado)

  4. Celina Leão (PP), governadora em exercício do Distrito Federal

  5. Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro

  6. Clécio Luís (Solidariedade), Governador do Amapá

  7. Augusto Leonel de Souza Marques, superintendente de Integração do Estado de Rondônia em Brasília (Sibra) – governador de Rondônia mandou
  8.  representante

  9. Daniel Vilela (MDB), vice-governador de Goiás

  10. Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul

  11. Eduardo Riedel (PSDB), governador do Mato Grosso do Sul

  12. Elmano de Freitas (PT), governador do Ceará

  13. Fábio Mitidieri (PSD), governador de Sergipe

  14. Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte

  15. Mailza Assis (PP), vice-governadora do Acre

  16. Helder Barbalho (MDB), governador do Pará

  17. Jerônimo Rodrigues (PT), governador da Bahia

  18. João Azevedo (PSB), governador da Paraíba

  19. Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina

  20. Otaviano Pivetta (União), vice-governador de Mato Grosso

  21. Paulo Dantas (MDB), governador de Alagoas

  22. Rafael Fonteles (PT), governador do Piauí

  23. Raquel Lyra (PSDB), governadora de Pernambuco

  24. Renato Casagrande (PSB), governador do Espírito Santo

  25. Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais

  26. Tarcísio de Freitas (PL), governador de São Paulo

  27. Wanderlei Barbosa (Republicanos), governador do Tocantins

  28. Wilson Lima (União), governador do Amazonas

O encontro foi acertado durante reunião do Fórum de Governadores, na noite do domingo.

"O Fórum dos Governadores se reuniu agora à noite e reafirma indignação e repúdio veementes diante dos atos golpistas, terroristas ocorridos em Brasília que afrontam a nossa Constituição" disse a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), pelo Twitter.

  • Objetivo da reunião: segundo Fátima Bezerra, os governadores decidiram convocar o encontro para juntar esforços ao lado dos ministérios para manter a capital federal em segurança, punir os envolvidos e recuperar os prédios depredados.

Envio de policiais


Ainda na reunião de emergência do domingo, os governadores decidiram oferecer o envio de forças policiais para ajudar na segurança da área central de Brasília.

No encontro, secretários de segurança pública dos estados avaliaram que é preciso proteger a capital federal e a democracia.

Agentes de alguns estados já foram mandados para Brasília. De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), 500 policiais de outras unidades federativas vão ajudar nos trabalhos.

Reunião com chefes dos poderes da República


Pela manhã, Lula também se reuniu com os mesmos chefes dos poderes que estavam no encontro com os governadores.

Depois da reunião, eles divulgaram uma nota conjunta em que dizem "rejeitar" os atos terroristas de bolsonaristas radicais em Brasília e pedem à população a "defesa da paz e da democracia".


A nota é assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva; pelo presidente do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rêgo; pelo presidente da Câmara, Arthur Lira; e pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.

Ataques terroristas


Bolsonaristas radicais, golpistas e criminosos invadiram e depredaram neste domingo (8) o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, em Brasília.

O ataque às sedes dos três poderes e à democracia é sem precedentes na história do Brasil. Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.

O prejuízo ao patrimônio público, de todos os brasileiros, ainda não foi calculado. Até o fim da noite deste domingo, pelo menos 300 pessoas tinham sido presas.


Nenhum comentário