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Governo oferece reajuste de 9% para servidores federal partir de maio

Depois da repercussão negativa da nova proposta apresentada hoje, o governo federal deve propor um reajuste linear de 9% a partir da folha de maio, paga em junho. O novo percentual, confirmado durante a Mesa de Negociação Permanente pelo secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, será enviado às categorias na segunda-feira (dia 13), e deve ser referendado junto às bases. As informações são do Extra.

Inicialmente, o governo apresentou, nesta sexta-feira (dia 10), uma nova proposta de reajuste de 8,4%, duramente criticada pelas entidades sindicais presentes no encontro. Após o anúncio, houve uma saída em massa de representantes da mesa de negociação, indignados com o percentual. Em live nas redes sociais, feita do lado de fora da reunião, o clima dos sindicalistas era de "frustração total".

— O secretário (de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça), na verdade, recuou da primeira proposta que apresentou na reunão de 16 defevereiro. Pelo que ele falou, seria de 7,8% em março, e o pagamento iria subir para 8,5% em abril e, finalmente, de 9% em maio — explicou Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).

De acordo com os cálculos feitos por Guilherme Rosa, presidente da Associação dos Analistas de Comércio Exterior (AACE), pelo espaço disponível no orçamento federal, de R$ 16,37 bilhões, valor anualizado do espaço para a correção, seria possível aplicar um reajuste linear de 9,5%, além do aumento de R$ 200 no auxílio-alimentação para os servidores da ativa.

Ele estima que, se a correção do auxílio-alimentação fosse aplicada fora da margem definida no orçamento de 2023, o governo federal poderia chegar a 10,4% de reajuste linear.

Entenda a discussão

A proposta inicial, enviada às categorias em fevereiro, previa uma correção linear de 7,8%,muito questionado pelas categorias por estar bem aquém das perdas inflacionárias desde o último reajuste, aplicado em 2016. Além disso, também foi mantida a correção em R$ 200 no auxílio-alimentação, que deve passar para R$ 658.

As entidades devem se reunir logo depois da reunião da Mesa de Negociação Permanente para discutir uma possível contraproposta. De pronto, representantes de entidades sindicais ficaram frustrados com o percentual apresentado nesta sexta. No começo da semana, havia sinalizações dentro do governo de um reajuste de 9%.

Em reação à proposição de 7,8%, os servidores enviaram uma contraproposta de 13,5%, alegando que seria possível aplicar o percentual se houvesse remanejamento dentro do orçamento. Eles também pleiteavam que houvesse a equiparação do valor do auxílio-alimentação ao de entidades do Legislativo e do Judiciário até 2026.

O governo, então, se comprometeu a reavaliar e apresentar uma nova proposta. Desde o final de fevereiro, a pasta cancelou duas reuniões previamente marcadas para mostrar a nova proposta, alegando que não tinham tido tempo hábil para avaliação.

Procurado pela coluna, o Ministério da Gestão informou que vai se pronunciar oficialmente após a reunião. Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro não foi aplicada nenhuma correção salarial a servidores, e muitas categorias estão desde 2017 sem revisão na remuneração.

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